Ryu Mizuno (centro da foto): organizador da primeira viagem de imigrantes japoneses ao Brasil
Geograficamente os dois países estão literalmente opostos no globo, sem falar das diferenças culturais e linguísticas entre Japão e Brasil. Isso nos leva a pergunta:...
...Como dois povos tão distantes conseguiram formar uma aliança tão próspera por mais de um século? Essa foi a pergunta que vários amigos estrangeiros me fizeram ao saber do número de japoneses e descendentes que moram no Brasil.
...Como dois povos tão distantes conseguiram formar uma aliança tão próspera por mais de um século? Essa foi a pergunta que vários amigos estrangeiros me fizeram ao saber do número de japoneses e descendentes que moram no Brasil.
A questão foi que não somente convivemos, mas fundimos nossas culturas nesses últimos anos. A arte marcial por exemplo é uma paixão que nossos amigos do Japão trouxeram para o Brasil. O judô foi uma das modalidades mais abraçadas pelo brasileiro. Após 100 anos da chegada de nossos senseis, viramos colecionadores de medalhas de ouro em mundiais. O ensinamento japonês fundido com o talento brasileiro também resultou no jiujitsu atual, uma das artes marciais mais eficazes da atualidade. Poderiam ser escritos livros e mais livros sobre o resultado da união destas duas grandes nações, mas gostaria de chamar a atenção para um resultado em especial. Acredito que um dos melhores benefícios que tivemos foi o de receber um pouco do “espírito do Bushido” que esses imigrantes trouxeram com eles.
Os princípios de disciplina, perseverança, dedicação e compromisso com a perfeição foram provavelmente os melhores ensinamentos que pudemos receber na “Terra de Veracruz”. Esses são alguns dos princípios que atraem hoje os milhares de alunos que lotam os dojos de nossos país. Descendentes literais ou não, somos todos agora herdeiros da alma samurai, ansiosos de viver e aprender esta preciosa herança da terra do sol nascente.
