O "Kamikaze" e os Samurais



O termo "kamikaze" ganhou popularidade devido aos pilotos japoneses na Segunda Guerra Mundial. Eles promoviam ataques suicidas chocando seus aviões contra navios inimigos, com o objetivo de afundá-los. O que poucos sabem é que esse termo é bem mais antigo do que parece, vindo da era samurai.


Durante os séculos XIII e XIV, Kublai Khan (sim, aquele da série "Marco Polo" da Netflix) comandou a invasão dos mongóis no Japão . Milhares de guerreiros mongóis invadiram a costa japonesa impondo uma dolorosa derrota aos samurais.

Os samurais recuaram para os seus fortes, e os mongóis decidiram não persegui-los, com medo de ser uma emboscada. O exército mongol retornou então às suas terras para juntar um exército maior e dominar o Japão em definitivo.

Sabendo que os mongóis retornariam, os japoneses se voltaram à fé, para que os deuses lhes protegessem de seus inimigos. Além das rezas, grandes muros foram erguidos na costa para prevenir uma nova invasão.

Tempos depois uma frota de dezenas de milhares de guerreiros surgiram para a nova tentativa de invasão. Devido aos muros na costa os guerreiros invasores foram forçados a se manter nos navios. Durante a tentativa dos mongóis de descer em terra firme um grande tufão (registrado como o maior do século) atingiu a costa japonesa, afundando e matando milhares dos invasores e terminando em definitivo a tentativa de invasão.

Os japoneses acreditavam que aquela era a resposta de suas orações, que eles haviam sido salvos por providência divina. O acontecimento ficou então conhecido como "kamikaze" que significa "vento divino". O religiosidade em território japonês aumentou desde então. As katanas eram vistas como um objeto espiritual, e vários edifícios (religioso ou não) possuíam espadas como um símbolo de proteção física e espiritual.